Processos
de Usinagem
Em
1942 um engenheiro chamado John T.
Parsons teve a idéia de usar computadores com tecnologia de cartöes perfurados
para calcular tragetórias de ferramentas. Mas foi somente em 1952 que a primeira máquina-ferramenta
foi demonstrada pelo M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology).
Em
1955 a primeira máquina-ferramenta
NC é desenvolvida comercialmente pela empresa Giddings and Lewis. Se tratava de
uma fresadora com 5 eixos baseada na tecnologia de fitas magnéticas que
passaram a substituir os cartöes perfurados. Com uma mesa de 6` e 18` (1.98m e
5.96m) com dois cabeçotes cada um se movendo ao longo de dois eixos.
Em
1958, 16 anos após idealizar uma
máquina-ferramenta NC, John T. Parsons e Frank Stulen recebem a Patente
2.821.187 no dia 14 de janeiro.
Em
1968 a primeira máquina-ferramenta
NC (Numeric Computer - Computador Numérico), uma furadeira, chega ao Brasil.
Em
1972 a primeira MFNC é fabricada
nacionalmente pela empresa ROMI.
1- Quais
as principais diferencas entre uma torno NC e um comum (convencional)?
Os tornos NC possuem porta de proteçäo,
transportador de cavacos e o principal; um comando NC (CNC)
2- Quais a partes constituintes em comum
entre um torno comum e um NC?
Ambos possuem sistemas de fixaçäo
semelhantes com placas e castanhas. Possuem também, em comum, eixo-árvore,
porta-ferramentas, carro de ajuste longitudinal e transversal, cabecote móvel,
fuso, vara, guias, contra-ponto e freio.
3- Quais os tipos de acionamentos que temos
em um torno?
Um torno pode ter acionamentos com motores
AC (Corrente Alternada) monofásico ou trifásico. Um torno NC também deve
possuir acionamentos NC como sermotores, motores lineares e motores de torque.
4- Qual a diferenca entre as guias de um
torno convencional e um NC?
Os tornos NC podem possuir guias planas ou
inclinadas. Os tornos comuns apenas guias planas. Lembrando que as guias podem
ser de "escorregamento" ou de "elementos rolantes".
5- Quais os 3 tipos mais comuns de placas
para tonos?
Säo as placas lisas, com 3 e com 4
castanhas.
6- Como um torno realiza movimentos com
precisäo pelas guias?
Isso é possível porque nas guias dos tornos
NC estäo divisöes, que säo rastros da escala de mediçäo. O carro montado na
guia possui um leitor ötico que lë essas divisöes e envia os sinais eletronicamente
para os acionamentos CNC que realizaräo movimentos lineares ou rotativos,
dependendo do acionamento, sobre fusos ou engrenagens que, por sua vez moveräo
o carro até o destino na velocidade específica.
Já em tornos convencionais o movimento do
carro sobre a guia é realizado manualmente através de manivelas aclopadas a
fusos e engrenagens ou o movimento é realizado simultaneamente com a rotaçäo da
placa, é o chamado de movimento automático.
7- Como säo as mediçöes diretas e
indiretas?
Neste caso o termo "mediçäo" se
refere à mediçäo feita nas guias para permitir o movimento da ferramenta. A
mediçäo é direta ocorre nos tornos NC com leitores óticos. A mediçäo indireta
ocorre nos tornos convencionais. Indireta porque o posicionamento do carro näo
é reconhecido diretamente como nos tornos NC. Primeiro um eixo de esferas
circulantes faz girar um disco de impulso que só depois é criado o movimento da
ferramenta sobre o carro.
8- O que säo "pontos-zero" e
quais säo os tipos?
Os "pontos-zero" säo pontos
iniciais de uma coordenada. Tal coordenada pode ter 2 ou mais eixos imaginários
(plano cartesiano). Um torno CNC precisa saber onde está a ponta do inserto da
ferramenta (ponto-zero da ferramenta),
mas também precisa saber onde está a peça (ponto-zero
da peça). Como a peça e a ferramenta poder ser trocadas entäo seus
pontos-zero säo definidos manualmente através de cálculos realizados
manualmente através do painel CNC pelo operador da máquina. Porém existem
outros dois tipos de pontos-zeros que näo se alteram (salvo em casos de
problemas técnicos que precisem ser redefinidos) como o ponto-zero da máquina (atrás da placa) e ponto-zero do porta-ferramenta (atrás da ferramenta).
Entäo temos 4 tipos de pontos-zero: Zero da
máquina, zero do porta-ferramenta, zero da ferramenta e zero da peça.
9 - O que significa CNC e qual sua
importãncia?
Significa Comando Numérico Computadorizado ou, como alguns
preferem, Controle Numérico Computadorizado. Um CNC permite a automatização da maioria dos
movimentos mecänicos através de sistemas eletrönicos. Facilita o controle de
todo o processo de usinagem como movimentos lineares e circulares e fornece
funções secundárias impossíveis de serem alcançadas num torno comum. Além disso uma MF-CNC
(Máquina-ferramenta CNC) informa o andamento do processo de usinagem e suas
condições de uso atravës de uma interface (monitor) permitindo ajustes rápidos
pelo operador.
10 - Como se classificam as informações
numa MF-CNC?
Uma MF-CNC pode ter dois tipos de
informações. As informações primárias
são informormam sobre as condições dos principais movimentos da máquina
(rotação, movimentos lineares, incrementos, sincronismos entre os eixos,
acelerações e velocidades de avanços). As informações
secundárias säo restritas de MF-CNC (apesar de possuir os dois tipos) e
abrangem refrigerações, troca de ferramentas, transporte de cavacos, pressão
pneumática ou hidráulica.
11- O que é uma
"malha" numa MF-CNC e quais são os tipos?
Numa MF-CNC malha é um circuíto (esquema)
por onde percorrem as informações de posição, velocidade ou equivalentes. Uma
malha é composta de diversos componentes com funções específicas que permitem a
execução dos movimentos de toda a máquina. Há dois tipos de malhas numa MF-CNC:
A "malha aberta" não exige a realimentação da posição e deslocamento
é controlado pelos pulsos enviados aos acionamentos. Numa "malha
fechada" existe essa necessidade de realimentação das informações, por
isso esse tipo de malha possui mais componetes eletrönicos, sendo os dois principais
para referëncia de posição e velocidade.
Principais Comandos ISO (Para CNC):
O - Comando livre (Geralmente é o offset)
S - Rotaçäo da placa (RPM)
T - Ferramenta
U,
V, W - Eixos secundários (X, Y, Z)
X,
Y, Z - Eixos principais, eixos das coordenadas
% - Parada de programa
( ) - Comentários
Funçöes G em tornos CNC
G00
- Movimento (Interpolaçäo) linear rápido
G01
- Movimento (Interpola;áo) linear controlado
G02
- Interpolaçäo circular horária com avanço
programado
G03
- Interpolaçäo circular anti-horária com avanço programado
G04
- Cavidade
G07
- Eixo de interpolaçäo imaginário (Seno)
G09
- Curva
G10 - Parada exata
G11 - Ativa sobre-metal
G12 - Desativa sobre-metal
G20 - Dimensöes em polegadas
G21 - Dimensöes em milímetros
G22 - Limite de movimentos ligados
G23 - Limite de movimentos desligados
G27 - Verificaçäo de ponto de segurança
G28 - Retorno ao ponto de segurança
G29 - Retorno do ponto de segurança
G30 - Retorno ao 2º, 3º e 4º ponto de segurança
G31 - Desativa funçäo
G32 - Funçäo rosca
G34 - Execuçäo de rosca de passo variável
G35 - Compensaçäo de ferramenta em X
G37 - Compensaçäo de ferramenta em Z
G40 - Compensaçäo de raio de ferramenta
G41 - Cancela G40
G42 - Compensaçäo de raio de ferramenta à esquerda
G43 - Compensaçäo de raio de ferramenta à direita
G50 - Programaçäo do zero absoluto
G65 - Chamada de macro simples
G66 - Chamada de macro customizado
G67 - Cancela G66
G68 - Liga imagem espelhada para tornos de duas torres
G69 - Desliga imagem espelhada
G70 - Ciclo de acabamento
G71 - Ciclo de desbaste
G72 - Ciclo de faceamento
G73 - Repetiçäo de um padräo de movimentaçäo
G74 - Furaçäo no eixo Z
G75 - Cavidade no eixo X
G76 - Ciclo de usinagem de rosca
G90 - Ciclo de corte A
G92 - Ciclo de usinagem de rosca
G94 - Ciclo de corte B
G98 - Avanço em mm\min
G99 - Avanço em mm\rotaçäo
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